O PODER DA ORAÇÃO DAS CRIANÇAS
Dawn Marie Barhyte
Cheguei cedo na igreja naquela manhã e sentei-me em silêncio retraçando os planos para a lição que apresentaria naquele dia quando uma criança pequena aproximou-se de mim em prantos.
-- Sra. Dawn – o Joshua disse chorando – Estou muito triste hoje! Se Deus ama a todas as criaturas, grandes e pequenas, por que não ajudou meu cachorro, Bob? Ele morreu!
Aparentemente, ele havia aprendido sua primeira lição a respeito da tristeza e estava lutando com sua jovem fé também. Afirmei-lhe que Deus segue nos amando mesmo quando coisas ruins acontecem as quais não podemos compreender. Gentilmente, convidei-o para orarmos.
Sentamo-nos juntos e em silêncio, considerando a perda. Fiz um carinho em suas costas e convidei-o a orar comigo – poderíamos conversar com Deus.
-- Sabe – disse para ajudá-lo a entender – Deus sempre nos ama e ouve nossas orações.
Mas o Joshua exclamou:
Como Deus pôde ser tão mau? O Bob era meu melhor amigo!
Novamente, reafirmei ao Joshua que o Bob estava dormindo e que Deus estava cuidando dEle. Isso parece ter exercido algum impacto pois mudou a expressão de seu rosto.
ENSINAR AS CRIANÇAS A COMO ORAR
Como pessoas envolvidas com os ministérios da criança, podemos aproveitar a fé das delas, apresentar o currículo com tolerância e ensinar os mais novos a como orar – não o que devem dizer. Devemos apresentar a oração às crianças de uma forma que aprofunde sua ligação com Deus.
Nos primeiros anos temos a maravilhosa oportunidade de fazer com que as crianças conheçam o conceito de que Deus anela ser o Amigo delas. Podemos mostrar a cada criança que conhecer a Deus tem muitas recompensas em nossa própria experiência e na dos outros. Sabemos e podemos ensinar às crianças que Deus sempre responde às nossas orações – ainda que algumas vezes Ele tenha de dizer “Não” – assim como o fazem o papai e a mamãe.
Cedo podemos deixar uma marca indelével na fé das crianças pequenas ao partilhar com elas que Deus responde às nossas orações, muitas vezes de forma inesperada. Sempre partilho esta experiência pessoal: “Quando tinha oito anos, estava orando desesperadamente pela minha mãe que estava muito doente e, mesmo assim, ela morreu. Poucos dias depois soube que tínhamos um novo irmãozinho. O papai disse que eu poderia receber meu novo irmão neste mundo novo e amá-lo e protegê-lo.
“Ainda sentia saudades de minha mãe, mas Deus nos deu uma nova vida – um irmãozinho – e agora eu minha irmã tínhamos uma nova missão – uma missão que nos ajudou a atenuar a tristeza”.
Certamente, temos o privilégio de acompanhar os pequeninos durante os anos em que sua mente é mais impressionável, quando as raízes das atitudes e dos valores estão sendo firmadas. Visto que as crianças são inerentemente espirituais e que fomos chamados para guiá-las em sua busca de conhecer a Deus, podemos ajudá-las a apreciarem o caráter sagrado da oração como uma celebração de sua fé.
Algumas de nossas maiores oportunidades de ensino não serão propositais. Esteja atento a essas oportunidades e esteja aberto aos “momentos” quando poderá ensinar. Certamente, essas ocasiões terão grande peso.
O poder da oração é extraordinário e a pureza da oração da criança, em especial, é assombrosamente inspiradora. As orações das crianças são muitas vezes espontâneas – honestas e sinceras. Há um poder maravilhoso na oração das crianças, como se tocassem o coração de Deus. Certamente elas podem mover montanhas com sua inocência.
Contudo, não podemos esperar que as crianças se enquadrem em nossas práticas de oração. Às vezes, nem mesmo seguem as normas que aprenderam de seus pais e avós. Necessitamos ajustar as nossas expectativas à vida de oração delas. Dependendo da idade da criança e de seu nível de desenvolvimento, a oração que proferem irá diferir grandemente.
Por exemplo, visto que aos 5 anos as crianças ainda são egocêntricas, podem simplesmente pedir a Deus para lhes dar mais doces; porém, uma criança aos 10 anos começa a ampliar seu escopo e assim pode orar pelas vítimas de catástrofes recentes. Por exemplo, contraste a oração familiar de uma criança pré-escolar na hora de dormir: “Agora me deito para dormir” com a oração de uma criança de 10 anos: “Pai nosso que estás no céu”. No entanto, ambas orações são sinceras e puras.
Mesmo uma criança pequena pode compreender a oração da bênção (“Deus, abençoa o papai, etc.”) ou a oração de gratidão (“Obrigado, Jesus, por cuidar do meu ursinho, etc.”).
Nossa missão é respeitar as diferenças e ajudar as crianças mais novas em nossa responsabilidade de acompanhá-las em sua jornada espiritual.
10 FORMAS DE INCENTIVAR AS CRIANÇAS A ORAREM
Dawn Marie Barhyte
Ø Ser um exemplo vivo! Visto que as crianças aprendem a partir daquilo que vêem em seu ambiente, o elemento fundamental para ensinar crianças menores a orar é sermos pessoas de oração.
Ø Estar onde a criança está! Usar linguagem apropriada e do dia a dia com elas, e ver que as orações sejam breves, simples, sinceras e diretas. Assegure-se de orar a respeito de fatos do dia a dia a fim de que cada criança possa compreender. Por exemplo: toda vez que ouvir as sirenes do carro de bombeiros, pare! Profira uma oração em voz alta. Faça-a com as crianças.
Ø ➂ Faça da oração a prioridade! Defina uma hora e lugar acolhedor e amoroso para ajudar as crianças a aceitarem a Deus. Prepare um lugar aconchegante de oração para ser usado antes do início do programa. Você pode incluir uma Bíblia para crianças, almofadas macias, música suave e relaxante como também livros sobre a oração e apropriados à faixa etária.
Ø Torne a oração uma rotina! As crianças apreciam a rotina e assim esta deve ser incorporada sempre que possível. Por exemplo, comece o dia com uma oração cumprimentando a Deus: “Pai celestial, ouça a minha oração. Que eu esteja sob o Seu amor e cuidado. Sê meu guia em tudo o que eu fizer hoje. Abençoe aqueles que me amam e a todas as crianças também”. Se durante a programação as crianças forem comer algo, profira esta linda oração: “Obrigado Senhor Deus por este mundo tão belo. Obrigado pelo alimento que comemos. Obrigado pelas aves que cantam. Obrigado por tudo, Deus. Amém”.
Ø Pratique as orações de improviso! Quando a criança o procura com uma preocupação ou problema, pare e faça uma oração com ela. Peça a direção de Deus. Por exemplo, você pode dizer: “Querido Deus, por favor, ajuda o José a ser melhor. Ajuda-o a partilhar seus brinquedos especiais com seu amigo João”. Por meio de nosso apoio podemos instilar a idéia de que podemos conversar com Deus, a qualquer ora e de que Ele sempre irá ouvir.
Ø Use orações diferentes! Como adultos usamos orações de agradecimento, de adoração, de petição e de louvor. Agradecemos a Deus pela melhor parte de nosso dia e sempre que algo bom acontece – não importa o quão pequeno – dedicamos um minuto para mostrar gratidão. Devemos ensinar isso às crianças. Muitas vezes agradecemos a Deus por Suas bênçãos; devemos incentivar aqueles que estão aos nossos cuidados a fazerem o mesmo.
Ø Incorpore atividades práticas sempre que possível! É boa prática planejar formas de permitir às crianças se movimentarem, ver ou tocarem como parte da lição. Crie uma colagem de “Obrigado, Deus” em sua classe e desenhe ou escreva suas orações. Elas podem também mostrar ou dizer como Deus respondeu a cada um. Para as crianças muito pequenas, alguém pode escrever por elas.
Ø A cada momento dirija a atenção das crianças para a Criação de Deus! Dê apoio ao senso natural de admiração e temor daqueles que estão sob sua responsabilidade. Agradeça a Deus, espontaneamente, ao ver um arco-íris depois de uma tempestade, ou as flores da primavera. Diga: “Vejam o que Deus fez para nós!”
Ø Convide as crianças a orarem por motivos específicos! Troquem idéias com as crianças e falem a respeito de situações e de pessoas por quem orar. Torne suas orações significativas ao orar especificamente por crianças da sala, pelas vítimas de alguma catástrofe local ou em outra região.
Ø Celebre a oração de cada criança! Alimente a auto-estima e elogie a oração proferida pela criança. “Muito bem, você fez uma oração muito bonita!” “Obrigado, (nome da criança). Deus fica feliz quando nos dirigimos a Ele”.
Dawn Marie Barhyte escreve de Warwick, Nova Iorque. Com estas palavras que transformam a vida, ela incentiva aqueles que trabalham com crianças: Líderes, professores, sigam orando! Orem para que através dessas experiências valiosas nossos jovens tenham sua fé fortalecida. Orem para que mediante nosso exemplo e o exemplo de muitos outros nossas crianças conheçam a magnitude da oração.
[Extraído de Kids’ Ministry Ideas, julho – setembro de 2005, pp. 16-18.]
COMO ESTABELECER UM RELACIONAMENTO FORTE COM SEUS ALUNOS
Tente o que julgar melhor, descarte o restante. Então acrescente suas idéias.
1. Mantenha contato através de correspondência esporádica. Use o e-mail, cartões postais, etc. (semanalmente, ou uma vez por mês ou no trimestre). Não é necessário que você seja o melhor amigo de seu aluno, apenas deixe-os saber que você pensa neles quando não está na sala de aula.
2. Faça uma visita ou telefonema. Mantenha o contato. Pergunte-lhes como passaram a semana. Veja como se saíram nas provas. Manifeste interesse pelo que irão fazer nas férias. Procure saber a respeito de seus animais de estimação, nome, raça, o que sabem fazer, etc.
3. Anote todos os pedidos de oração feitos na classe. Então, toda vez que escrever ou ligar para eles, pergunte a respeito do pedido de oração. Isto demonstra que você leva a sério essas orações o que significa que você também leva a sério as crianças.
4. Ore rogando sabedoria de Deus e forças na vida deles. Ore por eles uma vez por mês, semanalmente ou todos os dias. Deus honra nossas petições sinceras.
5. Use a cultura deles para influenciá-los positivamente. Fale a respeito da cultura na qual estão imersos, quer seja a música, as atitudes, os comerciais tolos, o que quer que seja. Não gaste energia tentando rebaixar a cultura. Encontre formas de usar as diferenças a seu favor.
6. Peça a Deus que “lhe” dê sabedoria. Caso você julgue que esteja havendo um problema a respeito algo que estejam fazendo, mantenha silêncio por um tempo e ore a respeito!
7. Conheça os pais pelo nome. Talvez você nunca teve a oportunidade de conversar com eles. Tente essa aproximação. Promova eventos sempre que possível para ter esse contato.
| 8. Mostre às crianças que você é humano. Elas precisam saber que você também sente raiva, e assim por diante. Mostre-lhes pela forma como age e reage que o cristão pode ter sucesso ao lidar com o medo, com a dor, com o luto, com as perdas e com todas as demais coisas de que não gostamos. Relacione-se com as crianças através dessas emoções difíceis a fim de que por meio de sua maturidade e experiência possa pavimentar-lhes um caminho a seguir.
9. Deixe-os saber que a vida não é fácil para nenhum de nós. Algumas vezes vemos as estrelas dos esportes, dos filmes, ou as pessoas mais abastadas do que nós como estando acima do sofrimento na vida. Eles estão sujeitos aos menos problemas e dificuldades que nós enfrentamos.
10. Não traga problemas domésticos e contendas para a sala de aula. Mentalmente, feche a porta. Deixe-os em casa. Seus problemas caóticos e não resolvidos podem se tornar ilustrações posteriores, caso encontre soluções positivas. Caso as crianças o vejam triste, simplesmente lhes diga que está tendo de tomar uma decisão difícil. Lembre-se, elas não têm maturidade suficiente para lidar com suas questões.
11. Leve para casa apenas a oração com você. Não deixe que as preocupações na sala de aula interfiram com a vida de sua família. Seu cônjuge e seus filhos merecem também uma parte justa de seu tempo. Parece que isso é uma contradição? Permita-me explicar. Quando você entra no seu quarto, feche a porta. Trata-se de uma conversa entre você e Deus. Quando sair do quarto, terá deixado suas preocupações e suas orações com Ele. O Senhor cuidará de tudo. |
A HORA DA HISTÓRIA
Você sempre consegue a atenção das crianças?
Belinda Mooney
É um sábado de manhã e a classe espera entusiasmada pela história. Como diretora ou professora, sempre esperamos uma resposta positiva. Porém, geralmente, acontece o contrário; nós paramos de falar e as crianças seguem falando; e o pior é que fazem mais barulho, quando tentamos acalmá-las. Assim não podemos começar!
Contar uma história deve ser o momento mais emocionante e gratificante do grupo. Você pode captar, estimular e atrair a atenção das crianças. Lembre-se que as histórias não devem ser específicas para crianças pequenas. Os Primários, Juvenis e Adolescentes também apreciam muito as histórias e aprendem com elas. Seguem alguns conselhos, que indicam um melhor perfil na hora da história.
As histórias podem ter muitas formas.
Você pode apresentar uma história que tem memorizado ou contar uma experiência pessoal. Inclusive pode ler em voz alta para a classe. As crianças dos Primários, especialmente, apreciam as histórias em capítulos, se já podem ler perfeitamente. As biografias dos missionários, relatos de aventura na história da igreja e a vida dos personagens bíblicos, podem torná-las reais, através de um bom livro. Alguns livros já convidam a não perder o próximo capítulo. As histórias de aventuras são emocionantes, quando você pára na metade do capítulo, na parte mais interessante, para continuar na semana seguinte.
Apenas ler a história não é suficiente.
Você deve viver a história para captar a atenção das crianças. O uso de recursos visuais faz com que elas entendam melhor, e sua atenção é captada rapidamente. Um flanelógrafo pode ser uma ferramenta excelente para as crianças menores na hora da história. Também podem usar cartazes e outras gravuras para ajudá-las a visualizar as partes da história.
Outro bom recurso áudio visual são os acessórios ou objetos. Ao apresentar a história da vida de Moisés, use uma túnica, tome uma vara e caminhe com passos largos pela sala. Quando você vive a parte do personagem, a vestimenta não é necessária. Um simples objeto, tal como cajado do pastor ou a coroa da rainha podem fazer uma grande diferença.
A voz é a melhor ferramenta.
Não tenha medo de usar sua voz o máximo que puder. Em outras palavras, tenha cuidado de não falar de forma monótona. Falar em um mesmo tom leva crianças e adultos a dormir. Dê vida aos personagens de sua história com o tom de sua voz. Mude a voz para os diferentes personagens de sua história. Se precisar, deve grunhir, miar, latir ou soprar imitando o som do vento – surpreenda-os com os sons. Estas são as melhores ferramentas para se manter a atenção.
Suas expressões faciais vêm em segundo lugar. Use expressões diferentes para levar emoção, entusiasmo e personalidade; melhor ainda, envolva todo o seu corpo. Corra quando o ponto da história o indica; incline-se quando é necessário. Os movimentos do corpo e dos braços ajudam a ilustrar os pontos. Encurve-se quando se trata de uma pessoa idosa, ajustando os óculos na ponta do nariz; faça um círculo com os braços. Tudo isto são exemplos de maneiras de se usar o corpo.
Envolva as crianças.
As crianças, especialmente as menores, têm problemas para ficar quietas e sentadas por muito tempo, mesmo que a história seja interessante. Se você está apresentando a história da criação, faça com que elas fechem bem os olhos, enquanto você descreve o mundo escuro e vazio (sem forma). Depois, em alta voz, diga: “Haja luz!” e elas devem abrir rapidamente os olhos. As crianças amam este tipo de atividade. Não se espante, se tem que parar e ouvir uma criança que quer expressar algo sobre a escuridão da luz.
Mostre entusiasmo pela história.
Seja entusiasta! Se você pretende contar a história de José de uma forma simples para crianças de 3 anos, ou sobre a vida de Paulo para os Primários, conte como se houvesse aprendido para você mesma. Faça-o como se tivesse um grande segredo para lhes contar. Entusiasme-se! Nada tem efeito tão rápido, quanto o entusiasmo.
Não é emocionante partilhar a palavra de Deus com as crianças?
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